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COMPANHIA DE DANÇA DEBORAH COLKER EM CÃO SEM PLUMAS
Coreografia baseada em poema de João Cabral de Melo Neto terá nova sessão no Teatro do Bourbon Country dia 19 de maio


Depois do sucesso das apresentações de estreia em Porto Alegre no último ano, o espetáculo Cão Sem Plumas, da Companhia de Dança Deborah Colker, volta à capital gaúcha. Com realização da JE Produções e da Opus Promoções, a nova sessão está marcada para o dia 19 de maio, às 21h, no Teatro do Bourbon Country. Os ingressos já estão à venda. Confira o serviço completo abaixo.

 

A nova montagem, que estreou em junho de 2017, tem feito sucesso por onde passa, e já levou mais de 30 mil pessoas a teatros de 20 cidades brasileiras nos últimos meses. Baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), Cão Sem Plumas é o primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira assinado por Deborah Colker.

 

Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.

 

A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando a coreógrafa, o cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias no limite entre sertão e agreste até Recife.

 

A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (ex-cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte (Gringo Cardia) e na iluminação (Jorginho de Carvalho). Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia.

 

Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.

 

Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares. “Minha história é uma história de misturas”, afirma ela.  

 

Seu grupo se firmou como fenômeno pop em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999). Os espetáculos (2005), Cruel (2008), Tatyana (2011) e Belle (2014) trataram de temas existenciais, como os afetos. Em Cão Sem Plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira. “Cabe a elegância do clássico, a lama das raízes e o olhar contemporâneo. O nome disso é João Cabral”, diz ela.

 

Reconhecida internacionalmente, Deborah recebeu em 2001 o Laurence Olivier Award na categoria Oustanding Achievement in Dance (realização mais notável em dança no mundo). Em 2009, criou um espetáculo para o Cirque de Soleil: Ovo. Em 2016, foi a diretora de movimento da cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro

 

João Cabral vivia em Barcelona, como diplomata, quando leu numa revista que a expectativa de vida no Recife era menor do que na Índia. A notícia foi o impulso para fazer Cão Sem Plumas. Publicou em 1953 O rio ou Relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à cidade do Recife e, três anos depois, sua obra mais conhecida, Morte e vida severina. Sua poesia, das mais importantes do Brasil, é marcada pelo rigor e pela rejeição a sentimentalismos.

 

Tendo a Petrobras como mantenedora desde 1995, a Companhia consegue uma estabilidade rara no cenário cultural e por conta deste apoio mantem todo o seu repertório em circulação.

 

 

Ficha técnica

Criação, Coreografia e Direção: DEBORAH COLKER

Direção Executiva: JOÃO ELIAS

Direção Cinematográfica e Dramaturgia: CLAUDIO ASSIS

Direção de Arte e Cenografia: GRINGO CARDIA

Direção Musical: JORGE DÜ PEIXE e BERNA CEPPAS participação especial LIRINHA

Desenho de Luz: JORGINHO DE CARVALHO

Figurinos: CLÁUDIA KOPKE

 

 

 

SERVIÇO

CÃO SEM PLUMAS, DE DEBORAH COLKER

Dia 19 de maio

Sábado, às 21h

Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80 / 2º andar – Shopping Bourbon Country)

www.teatrodobourboncountry.com.br

 

Duração: 70min

Classificação: Livre

 

INGRESSOS:

Setor

Valor

 Meia-entrada

Galeria Mezanino

R$ 60,00

 R$ 30,00

Galeria Alta

R$ 90,00

 R$ 45,00

Mezanino

R$ 120,00

 R$ 60,00

Plateia Alta

R$ 140,00

 R$ 70,00

Plateia Baixa

R$ 160,00

 R$ 80,00

Camarote

R$ 180,00

 R$ 90,00

 

- 50% de desconto para sócios do Clube do Assinante RBS – limitado a 100 ingressos;

- 50% de desconto para titular e acompanhante dos cartões Zaffari Card e Bourbon Card, adquiridos somente na bilheteria do Teatro do Bourbon Country – limitado a 100 ingressos;

- 50% desconto para força de trabalho Petrobras ou pessoa portadora do cartão Petrobras, para compra de no máximo dois ingressos por sessão;

- 10% de desconto para sócios do Clube do Assinante RBS nos demais ingressos.

* Crianças até 24 meses que fiquem sentadas no colo dos pais não pagam;
** Política de venda de ingressos com desconto: as compras poderão ser realizadas nos canais de vendas oficiais físicos, mediante apresentação de documentos que comprovem a condição de beneficiário. Nas compras realizadas pelo site e/ou call center, a comprovação deverá ser feita no ato da retirada do ingresso na bilheteria e no acesso à casa de espetáculo;

*** A lei da meia-entrada mudou: agora o benefício é destinado a 40% dos ingressos disponíveis para venda por apresentação. Veja abaixo quem têm direito a meia-entrada e os tipos de comprovações oficiais no Rio Grande do Sul:
- IDOSOS (com idade igual ou superior a 60 anos) mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.
-ESTUDANTES mediante apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) nacionalmente padronizada, em modelo único, emitida pela ANPG, UNE, UBES, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos. Mais informações: www.documentodoestudante.com.br 
- PE SSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTES mediante apresentação do cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto.
- JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA (com idades entre 15 e 29 anos) mediante apresentação da Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.
- JOVENS COM ATÉ 15 ANOS mediante apresentação de documento de ident idade oficial com foto.
- APOSENTADOS E/OU PENSIONISTAS DO INSS (que recebem até três salários mínimos) mediante apresentação de documento fornecido pela Federação dos Aposentados e Pensionistas do RS ou outras Associações de Classe devidamente registradas ou filiadas. Válido somente para espetáculos no Teatro do Bourbon Country e Auditório Araújo Vianna.
- DOADORES REGULARES DE SANGUE mediante apresentação de documento oficial válido, expedido pelos hemocentros e bancos de sangue. São considerados doadores regulares a mulher que se submete à coleta pelo menos duas vezes ao ano, e o homem que se submete à coleta três vezes ao ano.

****Caso os documentos necessários não sejam apresentados ou não comprovem a condição do beneficiário no momento da compra e retirada dos ingressos ou acesso ao teatro, será exigido o pagamento do complemento do valor do ingresso.

*****Descontos não cumulativos a demais promoções e/ ou descontos.

 

CANAL DE VENDAS OFICIAL (sujeito à taxa de conveniência):
Site: www.uhuu.com

CANAL DE VENDAS OFICIAL (sem taxa de conveniência):
Bilheteria do Teatro do Bourbon Country: Av. Túlio de Rose, nº 80 / 2º andar (de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo e feriado, das 14h às 20h)


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